quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cora Coralina

“Sinto que sou a abelha no seu artesanato.
Meus versos têm cheiro dos matos, dos bois e dos currais.
Eu vivo no terreiro dos sítios e das fazendas primitivas.
Amo a terra de um místico amor consagrado, num esponsal sublimado, procriador e fecundo
.”
- Trecho de A Gleba me transfigura

Esse é o trecho de uma das maravilhosas poesias de Cora Coralina. Admiro muito essa poetisa! Ela escrevia desde a juventude, mas só teve seus livros publicados na terceira idade. Quando soube disso inevitavelmente pensei: Ah! Eu ainda tenho chance... E assim nasceu minha simpatia por ela. Mas não parou por ai! A escritora goiana também era muito fofa! Veja a foto abaixo.




Não tem como não ir com a cara dela não é? Ela parecia essas vovós que adoram mimar seus netinhos com doces e comida caseira, além de contar histórias interessantes sobre o campo e a vida...




O que mais conquistou minha admiração por Cora Coralina foi sua simplicidade, além da qualidade de de seus textos (claro!). Como ela mesma dizia suas poesias são despretensiosas e as gerações futuras farão muito melhor. Esse tipo de pensamento que me conquistou definitivamente. Ela escrevia sobre o cotidiano na roça, suas idéias, seus pontos de vista e principalmente o amor por sua terra de uma forma única e com uma profundidade sensacional.

Outra curiosidade sobre Cora é que ela já escreveu até para uma revista feminista (não é à toa que seu verdadeiro nome é Ana, não é?) . Nunca iria imaginar, já que ela tinha tantos filhos, amava cozinhar e sempre viveu no interior. É! Cora Coralina era realmente uma mulher surpreendente...

Eu consegui convencer você disso caro leitor? Se interessou em conhecer as obras e a mulher Cora Coralina? Bom, eu recomendo que vocês visitem a exposição Cora Coralina Coração do Brasil que está no CCBB Rio até 13 de março. Eu particularmente adorei, mas como podem perceber eu sou suspeita...

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