quinta-feira, 2 de junho de 2011

Uso de peles: Não vamos ficar só nas críticas...

Depois do difundido fracasso chamado Pelemania (coleção de inverno com peles verdadeiras de animais como coelho, cavalo e raposa que acabou às pressas devido a um tsunami de críticas), a Arezzo conquistou o direito a uma matéria no programa Mundo S/A na Globonews. Desde que a polêmica coleção foi lançada, todos se questionaram o porquê da Arezzo ir violentamente na contramão da lógica vigente: a sustentabilidade! Talvez a resposta esteja abaixo:

“A mulher compra por impulso! Ela compra totalmente porque o sapato a deixa mais feliz. Algumas pesquisas afirmam que (os sapatos) as deixam até mais magras e totalmente mais bonitas.” – Essas frases são do vice-presidente da Arezzo Alexandre Birman. Talvez esse pensamento tenha sido o motivo de tal equívoco. A empresa que há 40 anos atua no setor calçadista pode ter desconsiderado que o perfil do consumidor mudou! Hoje as pessoas (inclusive as mulheres que é o foco da Arezzo!) são muito mais ligadas nas questões ambientais.

Confesso que fiquei com raiva da Arezzo pela crueldade, mas até acredito que a empresa possa ter sido ingênua de certa forma... No inverno, o forte das vendas são os calçados feitos de couro e camurça (feitos com exploração animal!). Talvez a equipe da Arezzo tenha pensado: Se elas consomem couro/camurça e peles sempre foram sinônimos de elegância e glamour, por que não criar a Pelemania...

O objetivo desse texto não é defender a Arezzo e sua crueldade! Pelo contrário, é reconhecer que as críticas foram fundamentais para o fim da Pelemania, mas isso não é suficiente ainda... É preciso não só boicotar a Arezzo, mas todos os produtos que levam matéria-prima provenientes de sofrimento animal. É complicado, reconheço, eu mesma tenho dificuldades de comprar sapatos... Mas se não lutarmos nada será mudado não é?


Uma solução, pelo menos em relação aos calçados, é procurar produtos Picadilly que não tem sofrimento animal... (juro que não estou recebendo $ pelo merchan!). Aliás, agradeço a minha amiga Renata Uel pela dica!

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